quarta-feira, agosto 14, 2013

CÍRCULO DE FOGO (Pacific Rim)























É bastante desagradável quando você está com expectativas altas em relação a um filme e acaba se decepcionando no final. Foi o que aconteceu comigo com CÍRCULO DE FOGO (2013), de Guillermo Del Toro, que tem sido alçado a um dos melhores filmes do ano por muitos cinéfilos a quem respeito.

O que ocorre é que a percepção varia bastante de espectador para espectador, mesmo quando há toda uma predisposição para gostar de determinado filme. Um fã de NEON GENESIS EVANGELION como eu, teria, supostamente, maiores chances de embarcar na proposta do filme. No entanto, o que sinto de empolgação e emoção com o anime passa longe de acontecer com este trabalho de Del Toro.

Acabei criando, sem querer, uma regra de que os melhores filmes do diretor mexicano são os realizados no México ou na Espanha, como é o caso de sua obra-prima, O LABIRINTO DO FAUNO (2006). Assim, acabei incluindo CÍRCULO DE FOGO na mesma categoria de BLADE II (2002), HELLBOY (2004) e HELLBOY II – O EXÉRCITO DOURADO (2008). Os dois últimos, inclusive, também lidam com grupos de cientistas e militares trabalhando com algo fantástico. Não coloco MUTAÇÃO (1997) no mesmo grupo, pois, quando revi, tempos depois, acabei gostando.

No mais, por mais que as cenas de ação tenham me dado sono, deu para notar o quanto o cineasta fez o trabalho com amor, colocando monstros gigantes semelhantes aos de filmes B japoneses, sem muita preocupação em caprichar no visual, ou torná-los sofisticados visualmente. Isso faz com que o grande orçamento do filme (na faixa de 180 milhões de dólares!) seja mais percebido nas cenas envolvendo os robôs gigantes manipulados por homens e mulheres para enfrentar os monstros também gigantes vindos das profundezas do Pacífico para destruir o planeta.

Talvez o que tenha faltado ao filme tenha sido um elemento mais humano que desse mais empolgação às sequências de luta, que acabam pecando pela frieza. Há também dois atores que se parecem tanto um com o outro que chegam a confundir. Mesmo sendo rivais. Pareceu um problema de seleção de elenco. Por outro lado, gostei da japonesa (Rinko Kikuchi). Uma pena que seja uma personagem tão rasa quanto os demais, por mais que tentassem criar uma história de traumas de infância para ela.

De todo modo, saí do cinema com sono, mas disposto a ver um autêntico kaiju, começando logo pelo clássico GODZILLA, de Ishirô Honda..

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